As palavras do poeta volteiam incessantemente em redor das portas do paraíso e batem implorando a imortalidade. Um grão de poesia basta para perfumar todo um século! O poema é o dedo do poeta apontando para o vôo do pássaro que está além das suas palavras.
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Joaquim Pessoa
Movo-me feliz nos corredores da tua respiração, escrevo-te
com o orgulho que têm as roseiras e os lilases, a ti me entrego,
em ti me afogo, de ti renasço para a vida todos os dias.
E por ti, sou caçador de mim. E sou de mim o bobo, e de ti o
paladino. A minha juventude morreu antes de ti, mas só depois
de ti a minha vida é realmente jovem.
No meu corpo o teu sangue se agita, no teu espírito floresce
o meu, nas nossas bocas se prolonga a primavera, quando a
felicidade é para nós tão alta como o voo do pássaro que tem
sede e tem fome de céu.
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