sexta-feira, 16 de novembro de 2012





As tuas mãos prometeram-me o paraíso. Cego, gastei todos os meus recursos e perdi-me nas ruas sombrias que continuam a desaguar na tua ausência.
Faz frio e tenho medo do entardecer, arrepia-me a lembrança do tacto da tua pele e o espaço rec
ôndito onde não habitas. Tu já não sabes, mas o teu sorriso ausente permanece na memória infinita daquele mês de Maio como as palavras que se agarram às páginas dum livro. Ah! Como gostava de ser livro e metamorfosear-me por entre os sentimentos de quem escreve. 
Lá fora o azul enche cada poro do dia e eu aqui sentado nesta cadeira… vazio de ti.





francisco valverde arsénio

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