Nomeei os espelhos um a um,
Onde a ternura reflecte a posse,
E a posse a luz da pele.
A tua beleza impõe-se
Naquele espelho impuro,
Onde as manchas do tempo
Desenham olhares subvertidos.
Aquele outro, qual felicidade
De uma égua ardendo,
Nas crinas flamejantes do vento.
E aquele, onde o sol se projecta,
Cegando de alegria os teus seios,
Acentuando neles uma auréola
Onde os lábios bebem a luz do leite.
A crueldade de teu jovem corpo
Perante o velho espelho de então.
-diamante riscando o último
Estertor do vidro.
Vejo ainda um último,
Em que a lua se projecta languidamente
Tangendo-te o véu diáfano
De todo o sortilégio da luz coada.
Joaquim MONTEIRO
Naquele espelho impuro,
Onde as manchas do tempo
Desenham olhares subvertidos.
Aquele outro, qual felicidade
De uma égua ardendo,
Nas crinas flamejantes do vento.
E aquele, onde o sol se projecta,
Cegando de alegria os teus seios,
Acentuando neles uma auréola
Onde os lábios bebem a luz do leite.
A crueldade de teu jovem corpo
Perante o velho espelho de então.
-diamante riscando o último
Estertor do vidro.
Vejo ainda um último,
Em que a lua se projecta languidamente
Tangendo-te o véu diáfano
De todo o sortilégio da luz coada.
Joaquim MONTEIRO
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