Cristina Miranda
dispo-me para me vestir de ti.
leva-me num simulacro de rapto.
leva-me que volto a ter asas
que te acompanho num voo planado.
sentes a vontade
de arrepiar cada um dos poros do corpo?
deitada na noite
soletro os teus gestos.
finge que dormes
finge
para que invente o tempo capaz de parar.
quando abrires os olhos
serei desejo rubro.
Agora vem
para te degustar o corpo
e reter na boca o sabor dúctil do poema.
leva-me que volto a ter asas
que te acompanho num voo planado.
sentes a vontade
de arrepiar cada um dos poros do corpo?
deitada na noite
soletro os teus gestos.
finge que dormes
finge
para que invente o tempo capaz de parar.
quando abrires os olhos
serei desejo rubro.
Agora vem
para te degustar o corpo
e reter na boca o sabor dúctil do poema.
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