As palavras do poeta volteiam incessantemente em redor das portas do paraíso e batem implorando a imortalidade. Um grão de poesia basta para perfumar todo um século! O poema é o dedo do poeta apontando para o vôo do pássaro que está além das suas palavras.
quinta-feira, 28 de junho de 2012
Eis-te ao piano... Os amestrados dedos
Fazes correr por sobre as teclas brancas,
Urdindo as tramas de sutis enredos,
Com que os pesares, para longe, espancas.
E os circunstantes silenciosos, quedos,
De corações abertos e almas francas,
Pasmam de ouvir os mágicos segredos
Que, à força d’arte, do instrumento arrancas.
De ouvido atento à execução pasmosa,
Do gênio criador a luz radiosa,
Na tua fronte virginal, diviso.
E aí me quedo, reverente e mudo,
Em êxtase de gozo, alheio a tudo,
Sonhando achar-me em pleno paraíso.
Pe. Antônio Tomaz
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