As palavras do poeta volteiam incessantemente em redor das portas do paraíso e batem implorando a imortalidade. Um grão de poesia basta para perfumar todo um século! O poema é o dedo do poeta apontando para o vôo do pássaro que está além das suas palavras.
quinta-feira, 28 de junho de 2012
Tantas paixões meu cavaleiro errante
triste figura andante em mim venceu...
De eterno amor por sua doce amante
bem mais que eternamente padeceu...
Deu expressão ao asno e ao rocinante.
Aos guerreiros do amor deu o apogeu.
Aos moinhos de vento o vago instante
da reinvenção do sonho que morreu...
Revi meu Dom Quixote de La Mancha...
O escudeiro... O cavalo e a augusta lança
contra os dragões do inferno sob o céu...
Quando uma simples chuva de verão
derreteu – qual num passe de ilusão –
a minha Dulcinéia de papel...
Afonso Estebanez
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