segunda-feira, 25 de junho de 2012

NA CURVA DA MINHA ALMA



Hoje, amanheci com a saudade escrita nos olhos.
É assim, quase sempre…quase todos os dias, em que me dói esta ausência que me consome.
Ausência não de outros, ou de lugares…
... Apenas esta ausência de mim.
Impossível explicar coisas que não têm explicação. Coisas que só nós mesmos, conseguimos decifrar e que, mesmo assim, nos deixam sempre alguma interrogação…

Por isso te peço, não me escrevas prosas que eu não saiba ler, nem poesias que o meu coração não escute.
Mil vezes a mudez da tua voz tatuada em mim, do que palavras esculpidas pelo vento da tua boca e que me deixam gelada, como as manhãs de Inverno, em que o sol se recusa a aparecer não por preguiça, mas por ainda não ser o seu tempo.
É por isso que prefiro o silêncio que escrevo todos os dias nos meus olhos, quando a tua ausência é em mim, uma presença constante.

Adormeço, finalmente, porque os olhos me dizem que é noite e o silêncio já não me é ausência, mas sim, linha reta, na curva da minha alma…

A Luz

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