As palavras do poeta volteiam incessantemente em redor das portas do paraíso e batem implorando a imortalidade. Um grão de poesia basta para perfumar todo um século! O poema é o dedo do poeta apontando para o vôo do pássaro que está além das suas palavras.
domingo, 17 de junho de 2012
Pinto-te numa tela
Mesmo sem saber pintar
Delineio as cores do teu rosto
Acentuo o traço do teu sorriso
Os contornos do teu corpo
Pinto-te numa aguarela
Com as cores da ilusão
Olho-te, admiro-te
Magistralmente esculpido
Na tela da minha imaginação
Ganhas vida, falas-me, sorris…
Um sorriso enigmático e sensual
Que me provoca miscelânea de sensações
Irrefreáveis...alvoroçando o meu coração
Encerro suavemente as pálpebras
Consinto que me invadas sofregamente
E lá, no amâgo do meu ser
Deixo-te feliz, permanecer.
Mas a minha dor não desaparece
Silenciosamente permanece
Abafada pela força da razão
Contemplo-te uma vez mais
Olhas-me e do teu rosto
Que eu delineei.
Sulcam lágrimas
Manchando a tela da minha imaginação.
Joaquim Pessoa
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