Guardo-te na imensidão dos meus olhos como se fosses coisa minha, bocadinho de mim, plano que me eleva a uma dimensão que desconheço mas, onde permaneço num azul de lírios e lilases.
Acende-se no ar um perfume novo e tu, eterna navegante deste teu mar, que sou eu, aninhas-te na margem esquerda do meu peito, esquecendo o norte e o sul.
Tudo se centra em nós e até os rios, que correm majestosos, nos seus leitos engalanados de flores silvestres, procurando o mar, soletram as águas de mansinho, para que te possas refrescar e renascer na frescura das manhãs.
És coisa minha e eu, teu humilde servo que, de tanto te amar, me esqueço até de existir para os outros.
Não queiras, nunca, sofrer deste mal que me enfraquece, que me deixa exangue de tanto de amar.
Não quero muito de ti…
Ama-me, apenas, como se também eu fosse coisa tua,
coisa, simples, sem a qual não possas passar!
Magnólia
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