As palavras do poeta volteiam incessantemente em redor das portas do paraíso e batem implorando a imortalidade. Um grão de poesia basta para perfumar todo um século! O poema é o dedo do poeta apontando para o vôo do pássaro que está além das suas palavras.
domingo, 26 de maio de 2013
Não me tires o Sol...
Nunca me deixes só...
Vivo suspensa de ti
e sinto-me fugir do teu caminho,
numa nuvem de pó...
Dá-me a tua mão, ó Meu Amor...
É tão segura a mão que nos detém
É tão claro o Sol onde nasceste
É tão distante o porto onde me guias
que eu
não sei viver
nesta agonia de te sentir fugir
sem conseguir
ontem e hoje
sei lá
todos os dias
suster teus passos
e prender-te todo
no fogo dos meus braços!
(Maria Helena Amaro)
Concurso Pedro Homem de Melo
Fevereiro de 1968.
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