FRANCISCO VALVERDE ARSÉNIO
Na minha pele
... deambulam os fluidos
do teu amor em ardência.
Sôfrega,
a tua boca provoca.
Rompes os limites
dos segredos
e livras-te dos grilhões do silêncio.
Trazes vento
em cada poro soprado
por mil quereres,
cerras os olhos
e secas os lábios nos meus lábios.
Dedilho a geografia nua
nesse corpo eloquente
e pedes-me
que te escreva um poema,
que te faça mulher.
Segredas-me os versos,
as estrofes,
as madrugadas que nascem
numa noite de primavera.
Cravas as unhas
no branco dos lençóis
quando suspiramos a uma só voz.
Os anjos rendem-se na perfeição do instante.
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