segunda-feira, 12 de março de 2012

Dia de hoje

 
 
Ó dia de hoje, ó dia de horas claras

Florindo nas ondas, cantando nas florestas,

No teu ar brilham transparentes festas

E o fantasma das maravilhas raras

Visita, uma por uma, as tuas horas

Em que há por vezes súbitas demoras

Plenas como as pausas dum verso.



Ó dia de hoje, ó dia de horas leves

Bailando na doçura

E na amargura

De serem perfeitas e de serem breves.



Sophia de Mello Breyner Andresen

In Dia do mar,

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