As palavras do poeta volteiam incessantemente em redor das portas do paraíso e batem implorando a imortalidade. Um grão de poesia basta para perfumar todo um século! O poema é o dedo do poeta apontando para o vôo do pássaro que está além das suas palavras.
terça-feira, 20 de março de 2012
O convite
Vem navegar nessa ilusão
onde todos os sonhos são possíveis,
onde a noite cai sem pressas,
onde os prazeres são saciados
na fluidez dos desejos.
Vem recordar todas as palavras
e realizar as promessas,
deixa os sentidos
gotejar a seiva dum beijo
e entontecer nos olfactos de nós,
Vem passear nas crateras da lua
como todos os amantes,
como as manhãs nas madrugadas,
como as sementes que germinam,
como os dias nas folhas do calendário.
Vem dançar ao entardecer
e ser luz
nas frestas do meu peito,
vem pincelar o céu de mil cores
e extenuar o corpo
no carrossel da paixão.
Vem navegar
nos rios do meu pensamento.
© Francisco Valverde Arsénio
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