segunda-feira, 5 de março de 2012

CARLOS EDUARDO LEAL




O mar goteja ondas ao longe nas franjas dos rochedos.
Daqui ouvem-se murmúrios dos cantos das areias embevecidas que acolhem espumas como o oceano sorve um rio e o faz desaparecer.
O que é um rio quando ele encontra o oceano?
O que é nossa vida quando uma folha nasce?
O que é um olhar quando encontra o outro do amor?
Calamidade?
Angústia?
Incerteza futura?
Felicidade em abundância?
Qual o mal que estará por vir?
De onde brotará a esperança a ser escrita e testemunhada por tantos?
De onde escorrerá o sangue que o amor derramará?
De onde virá a luz que nos cegará a cada manhã?
Quem abrirá a fenda no solo para permitir os primeiros ramos do amanhã?

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