Quando acordei,
as flores estavam
abraçadas às pétalas,
Havia orvalho,
gotas cristalinas,
de uma lucidez inexplicável...
Os pássaros cantavam,
à tua delicadeza
de manhã dourada,
Sinfonia de brisa
despertando os ninhos
adormecidos no colo das estrelas.
Como gosto de acordar em ti!,
quando passas por mim,
vento norte,
Soprando em minha nuca,
entre os fios dos meus cabelos,
pelas flores da minha pele!...
Sou o éter quando me sinto
abraçada por tua leveza,
que nem é humana,
É sopro carícia e prana,
elemental dos anjos,
que me beija
Toda vez que abro os olhos
e minhas mãos se estendem
para o nada
Em que tu brincas de ser
a ternura do ar
que eu respiro.
Carmen Regina Dias
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