MÁRIO DOMINGOS
Os teus braços vêm para mim como navios
... a saír da bruma, oblíquos, ondulantes,
no rumo rigoroso sobre a planície de água:
navios longos, ainda ao largo do meu corpo...
Lembro-me das campinas azuis - ou verdes? - das espigas,
de um quadrado de céu no tecto original....
Ah, dizer o que não digo, o que não sei,
contar os minutos, todos os minutos como se
estivesse neles e fora deles enquanto são,
enquanto sou! Há palavras que abrem mundos,
que abrem crateras na textura dos nervos...
Amo os teus dedos, que já não são gaivotas,
nem mesmo estrelas ou algas ou raízes.
Amo a água quando sinto que tem sede.
Os teus braços vêm para mim como navios
... a saír da bruma, oblíquos, ondulantes,
no rumo rigoroso sobre a planície de água:
navios longos, ainda ao largo do meu corpo...
Lembro-me das campinas azuis - ou verdes? - das espigas,
de um quadrado de céu no tecto original....
Ah, dizer o que não digo, o que não sei,
contar os minutos, todos os minutos como se
estivesse neles e fora deles enquanto são,
enquanto sou! Há palavras que abrem mundos,
que abrem crateras na textura dos nervos...
Amo os teus dedos, que já não são gaivotas,
nem mesmo estrelas ou algas ou raízes.
Amo a água quando sinto que tem sede.
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