Solitários caminhos, ruas, praças, jardins,
cidade dos sonhos, vento frio de outono. Segredos talhados numa velha árvore.
Promessas, cumplicidade,
coisas que o tempo não apagou.
Já faz tanto tempo e eu nem sei o porquê,
continuo a passar por aqui. Acho que a memória, às vezes falha,
faz com que eu perca o rumo,
me põe em desalinho, e cobra carinhos...
E eu confundo tudo, perco a noção dos anos
e penso que ainda há muito tempo...
Coração caminha sem deixar rastros,
e por onde ele passa colhe neblina, noites friorentas, enredos mal escritos,
vivências entrelaçadas, emaranhados do destino,
porção e meia de desenganos...
eu nem sei o porquê, mas
continuo a passar por aqui.
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