As palavras do poeta volteiam incessantemente em redor das portas do paraíso e batem implorando a imortalidade. Um grão de poesia basta para perfumar todo um século! O poema é o dedo do poeta apontando para o vôo do pássaro que está além das suas palavras.
quarta-feira, 23 de maio de 2012
O SINO
Quisera ser um sino ressonante
Para dizer, quando rompesse o Dia:
Ao que vive entre lágrimas: - “Confia!”
E ao sorridente e valoroso: - “Adiante!”
Para lançar meu cântico vibrante,
Que desperta venturas e energia,
E afugentar a lúgubre agonia
Que entenebrece o coração do amante.
Para à Mulher ir segredar: - “Redime”;
Ao Pecador: - “Vai reparar teu crime”;
Ao velho: - “Pensa na passada história”;
Para, afinal, reconfortar o Atleta,
E, ébrio de sons, quando morresse um Poeta,
Rachar meu bronze repicando à Glória!
Salvador Rueda
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