As palavras do poeta volteiam incessantemente em redor das portas do paraíso e batem implorando a imortalidade. Um grão de poesia basta para perfumar todo um século! O poema é o dedo do poeta apontando para o vôo do pássaro que está além das suas palavras.
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
O cachecol do fadista
Peguei o arco-íris pelas pontas
... E dei-lhe as duas voltas de um cachecol
A ver se assim das nuvens tu me contas
Porque és agora chuva, agora sol
Porque é que o teu olhar carmim-celeste
Tem do azul toda a melancolia
E o beijo cor da lua, que me deste
Á beira da maçã que em mim floria
Porque há lilases brancos no teu sonho
Promessas cor de fogo no sorriso
Talvez sejam as cores que eu componho
Talvez sejam as cores que eu preciso
Nas verdes madrugadas dos amores
Em todas elas em me sinto tua
Talvez o arco-íris tenha as cores
Que eu só consigo ver á luz do dia
João Monge
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