As palavras do poeta volteiam incessantemente em redor das portas do paraíso e batem implorando a imortalidade. Um grão de poesia basta para perfumar todo um século! O poema é o dedo do poeta apontando para o vôo do pássaro que está além das suas palavras.
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
A noite é o destino do dia,
Sinto-me vaga-lume,
No sol em poente…
Chegam as estrelas,
Conto as cadentes,
Troco-as pelos grãos de areia,
Que trago colados ao peito,
Dos castelos despenhados,
Horizonte é miragem vaga,
Um vazio repleto de palavras,
Que o vento me liberta na face,
Nas lágrimas que se escrevem,
A meu lado jazem garrafas,
Vidro fundido a frio,
Cheias de oxigénio d`amor,
Que enchi de horas em asfixia,
De sonhos e de poemas,
Ouso o gesto de libertá-las,
Num derradeiro aceno,
Deixo as asas das ondas levá-las,
Naufragas na sua espuma,
No areal solitário fico eu…
Suspensa nas minhas próprias lágrimas!
[Na garrafa vai meu amor solidificado…]
C.C.
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