As palavras do poeta volteiam incessantemente em redor das portas do paraíso e batem implorando a imortalidade. Um grão de poesia basta para perfumar todo um século! O poema é o dedo do poeta apontando para o vôo do pássaro que está além das suas palavras.
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
FANTASMAS...
Fantasmas... ainda os tenho na mente.
Pesam, vergam-me as costas e, doem.
Doem, as cicatrizes da alma.
Doem, as cicatrizes do corpo.
Doem, as cicatrizes da vida.
O peso dos fantasmas fá-las de novo sangrar.
Urgentemente... necessito aliviar a carga.
Ouço a chuva, minha companheira,
na solidão da noite.
O silêncio grita!
O frio dobra-me!
Enrosco-me em mim mesma.
Estou cansada.
Sei que sou amada e tenho de lutar.
Quero e vou ter de volta o meu sorriso.
O meu ar, o meu respirar, o meu gargalhar.
Ter e viver a vida roubada.
Para isso vou continuar a lutar.
Não permito a escuridão me tocar.
Enquanto escrevo... ouço na minha mente:
- Força! Tens a Força dentro de ti!
Com o Amor que habita no teu coração,
ilumina teu ser e, conseguirás,
... a sós aliviar tua carga.
Respiro fundo e sorrio.
Sento-me erecta na minha dignidade.
Ouço música no ar...
... e começo a cantar!
Acabando a noite num alegre gargalhar,
vestida de garra, esperança e Vida!
@ Susana Maurício
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