As palavras do poeta volteiam incessantemente em redor das portas do paraíso e batem implorando a imortalidade. Um grão de poesia basta para perfumar todo um século! O poema é o dedo do poeta apontando para o vôo do pássaro que está além das suas palavras.
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
Mulher…
Esse farol que me guia,
meu ancoradouro seguro,
Essa lua que me enfeitiça
e me ilumina em cada beco escuro.
És simetria do meu ser,
manancial fonte de prazer,
paixão de imensidão de mar,
que me inunda e inebria.
És fulgor de sol intenso,
és calor de amor tão denso,
que me incendeia a ternura.
Em ti reencontro a plenitude
e os meus devaneios perdidos
e numa e-terna juventude,
desnudo os desejos de sempre
e embalo em nós os sentidos,
numa sensual dança do ventre.
(E perco-me em ondas de rebentação
num abandono cravado no teu corpo,
onde desaguo, lágrimas de emoção.)
Onde num sussurro e num gemido,
te desvendo tudo o que não digo…
(Rui Tojeira)
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