sábado, 7 de janeiro de 2012

O amor de Pedro e Inês

 
 
AMOR SUBLIME

Vestiram as estrelas
No céu negros mantos
Nos pinhais a dança
... Das sombras cessou
E as ondas do mar
Rolaram seus prantos
No escuro da noite
O frio gelou.

Coimbra tremeu
E Pedro ficou
Tão cego de dor
Que logo a vingança
Em seu peito ardeu
A falar mais alto
Que o temor a Deus.

À sua presença
Vieram então
Os homens que a vida
A Inês roubaram
E a pressa de Pedro
Em fazer justiça
Pela morte da amada
Assim o ditou.

E verdade ou não
No eco das vozes
Assim se contou
Em ambas as mãos
Arrancado ao peito
De um dos três algozes
O seu coração
Com raiva trincou.

E mais se contou
Que mesmo já fria
D. Pedro sentou
Dona Inês no trono
E nele a coroou
Rainha e senhora
E o reino com ele
Sua mão beijou.
 

 
     
     

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