MANUEL FELICIANO
Não me digas nada
Quero-te
Jardim despido
... Flor
Infecundada
Lábio por lábio
E mãos incriadas
Desvive-me
De pó e Eva
E maçã trincada
Dos joelhos
À boca
Em fios de saliva
E pássaros
De língua
Entre o céu salgado
Sem estrelas
Na minha garganta
Não te prometo Deus
Porque os meus olhos
Não sólidos
Não sabem a maçã
De árvore
Errada
E Sóbria
Da qual me desveneno
Senão aos teus pés
Chão do paraíso!
Obrigado pelo poema
ResponderEliminarManuel Feliciano