segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

MANUEL FELICIANO
 
 

 Não me digas nada
Quero-te
Jardim despido
... Flor
Infecundada
Lábio por lábio
E mãos incriadas


Desvive-me
De pó e Eva
E maçã trincada
Dos joelhos
À boca
Em fios de saliva
E pássaros
De língua

Entre o céu salgado
Sem estrelas
Na minha garganta

Não te prometo Deus

Porque os meus olhos
Não sólidos
Não sabem a maçã
De árvore
Errada
E Sóbria
Da qual me desveneno

Senão aos teus pés
Chão do paraíso!

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