J. Norinaldo.
A nudez sem pecado, depois de cansado do amor vem o sono, e o cúmplice vento tenta por um momento esconde-los dos olhos com as folhas de outono; o quadro profano do corpo sem véu, a tela e o pincel que dão luz a vida. Como as folhas de outono que adubam novamente o solo, e uma mãe no colo amamenta o rebento, para que novas folhas belas verdejantes colorindo a terra como foram elas antes; e outra vez cobrirão os amantes no sono, ao bailar com o vento novamente no outono.
Ah! Quem me dera no meu último sono, deitar no teu colo em completo abandono, sentindo o teu corpo como a mais doce delícia, além da carícia das folhas de outono.
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