CARMEN OLIVEIRA
O meu corpo veste-se para que o possas despir,
Minha mão tacteia inquieta...nunca o teu corpo a privou,
... Louca, em chama, sedenta...o corpo teu que antes tacteou,
Tenho-te?...Tenho! Mas sei que vais partir.
Não desejo, que me desejes sentir,
Não anseio, que me penses quando não estou,
Não se cobiça o que já se conquistou,
Desesperadamente quero...não te sentir fugir.
Aconchego, aperto, estrangulo com ilusão,
Talvez o sofrimento de te ter...
Seja mais doce, que a tormenta de te perder.
Não te sufoco a ti, meu amor, mas ao meu coração,
Prendo-o e obrigo-o, a te deixar permanecer,
Não te deixará fugir...só assim saberei viver!
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