quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Os teus olhos...

 
 
Os teus olhos, temperados em procuras, deslumbramentos e esperas, dizem-me que é tempo de repousar da vertigem da viagem, de soltar os idiomas interiores alheios às palavras desenhadas na poeira.

Falas-me, baixinho, da liberdade que mora no silêncio do deserto, mas os corpos são seara sequiosa de amadurecer no respirar da poesia que se solta da pele.

Dou-te a mão, dás-me a mão. Ainda me falas de liberdade, mas nos teus olhos a luz do deserto adquire outra tonalidade com o aroma do trigo maduro.

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