JOSÉ MARIA ALMEIDA
Caminho rendido nas palavras ao vento
seguindo em teus lábios os passos atados
... como a lua vendida às dores do desejo
como as ondas seguindo no calor dos teus braços.
O fogo ateado em teus olhos nascido
rebento que cresce das raízes da mão
traz o verso que a vida tem esquecido
porque este sem mim não tem emoção.
Os murmúrios escondidos que teu ventre aquecem
são segredos lembrados que a memória não lembra
são lágrimas engolidas que teu corpo enternecem
são vida esquecida no teu coração.
Perdoa-me, amiga, por não ser quem sou
perdoa-me se te dou a mão
perdoa-me se te trago o vento
perdoa-me o que te der então.
Entre o verde dos teus olhos tua tez se ilumina
é loucura que aperto e não quero largar
abro os ouvidos ao teu nome despido
rio nascido que cresce para o mar.
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