MARIA JOÃO SARAIVA
II
... Lembro-me de como fui desaguar a ti; o meu corpo estava preso, ou uma parte dele; eu tinha-me emparedado, talvez para não sentir. A expressão que se encontrava nele era apenas a dor e a incapacidade. E tu foste lê-la, quiseste ler e dar-lhe outro falar. Quiseste vir, quieto, mas lá; presente, na distância que a minha pele te dizia, mas sempre lá; e silencioso foste-te chegando e carinhosamente e devagar, muito devagarinho, tocaste a muralha com a ponta dos teus dedos, suaves e mornos. A minha pele acolhia o que os teus dedos diziam e eu soube então que iria querer as mãos, o corpo, a alma. Era uma fenda na muralha, sentia-o .
abraço
ResponderEliminarmaria joão saraiva
Como poderia imaginar que a pessoa que escreveu este lindo poema, deixa-se um comentário no meu humilde espaço...
ResponderEliminarÉ uma honra.
E foi um prazer imenso deixar publicado este seu poema.
Um abraço
o privilégio é meu...
Eliminardeixei aqui há pouco uma msg convidando-a a visitar a minha pág de fb onde estou com o nome maria marias, não sei se ficou o comentário, mas fica aqui novamente o comvite. mais uma vez agradeço
um abraço
mjoao saraiva