As palavras do poeta volteiam incessantemente em redor das portas do paraíso e batem implorando a imortalidade. Um grão de poesia basta para perfumar todo um século! O poema é o dedo do poeta apontando para o vôo do pássaro que está além das suas palavras.
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Joaquim Pessoa
Vou retirando poemas de mim como quem canta
para embalar o próprio sangue. Hoje, tenho
milhares de anos e um coração resgatado
... da cinza. Sinto as coisas moribundas a recuperar
dentro da voz. Com elas construo as certezas
que me ajudam a percorrer o caminho para ti,
e sigo ao teu encontro com o espírito sereno
do flamingo. E com fome de ti no interior
do meu corpo que já não é jovem nem
insaciável mas, também, não é
mesquinho nem cobarde.
in ANO COMUM
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