As palavras do poeta volteiam incessantemente em redor das portas do paraíso e batem implorando a imortalidade. Um grão de poesia basta para perfumar todo um século! O poema é o dedo do poeta apontando para o vôo do pássaro que está além das suas palavras.
sexta-feira, 20 de julho de 2012
AMORES E AMORES
Claudia Dimer
Há amores incontáveis;
Os infinitos, os breves,
Platônicos, intocáveis,
E os que rolam sobre a neve
Há amores verdadeiros
E os amores inventados,
Os que marcam por inteiro
E os que morrem no passado
Há os amores que ficam
E os amores que se vão
Amores que sobrevivem
E os que morrem de paixão
Há amores que não chegam
Há amores que não saem
Há amores que nos cegam
Amores que bem nos caem
Há amores já findados,
Amores nunca vividos,
Os amores tão sonhados
E os amores esquecidos
E os amantes que sofreram
De um amor as cruéis dores
É porque não decoraram
Que existe "amores" e amores.
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