As palavras do poeta volteiam incessantemente em redor das portas do paraíso e batem implorando a imortalidade. Um grão de poesia basta para perfumar todo um século! O poema é o dedo do poeta apontando para o vôo do pássaro que está além das suas palavras.
sexta-feira, 20 de julho de 2012
QUEM EU SOU
Claudia Dimer
Eu sou no mundo a própria desventura...
Do amor; a rejeitada. Sou aquela
Que hoje é nem tão jovem, nem tão bela,
Penumbra do viver, sou noite escura.
Sou fim de uma esperança e em tortura
Os meus olhos se cansam na janela
Olhando a longa estrada desta cela
Que é minha existência sem ternura.
E ainda mais elevas meu tormento
Com teu desprezo amargo e assim tão vil...
Afirmas que nem lembra mais quem sou;
Se te esqueceu... Prazer! eu me apresento:
Sou a mulher mais cega que existiu;
Eu sou aquela tola que te amou!
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