quinta-feira, 26 de julho de 2012

(Havia uma palavra)





Eugénio de Andrade 



Havia
uma palavra
no escuro.
Minúscula. Ignorada.



Martelava no escuro.
Martelava
no chão da água.



Do fundo do tempo,
martelava.
Contra o muro.



Uma palavra.
No escuro.
Que me chamava.

Sem comentários:

Enviar um comentário