As palavras do poeta volteiam incessantemente em redor das portas do paraíso e batem implorando a imortalidade. Um grão de poesia basta para perfumar todo um século! O poema é o dedo do poeta apontando para o vôo do pássaro que está além das suas palavras.
segunda-feira, 16 de julho de 2012
Enquanto me esculpias,
Com tuas mãos vagas e aéreas,
Meu corpo ía ganhando forma,
Meus seios eram colinas,
Minha pele deserta se erupcia,
Lenta em vulcão flamejante,
Gemia magma, lavrava estrelas,
E na gruta mais escura,
Onde todas as nascentes nascem,
Exploravas-me os re-cantos,
Ainda por desvendar,
Saciando-te-me a sede cutânea,
No carma de nossas almas,
Enquanto nossos corpos se esculpiam,
O Amor era arte em nossas mãos,
Entro-enlaçados numa peça única,
Estátua de prazer e doce venturança
C.C.
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