Sente-se na vidraça da alma
uma tênue luz e sombra
de velhos fantasmas
habitantes de nossas horas.
Sente-se a solitária solidão
a verter lágrimas
quando a hora tornou-se escrava
dos pensamentos.
Sente-se a voz fugidia e quente
das noites abandonadas
a falarem com ventos quebrados
quando o relógio apressou-se demais.
Sente-se a vida galopando
e a imitar andorinhas
que escondem seus olhos
porque fingem que não sentem
a vida passando . . .
Alvina Nunes Tzovenos
Palavras ao Tempo
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