domingo, 1 de julho de 2012

Longos Passos




Sente-se na vidraça da alma


uma tênue luz e sombra

de velhos fantasmas

habitantes de nossas horas.



Sente-se a solitária solidão

a verter lágrimas

quando a hora tornou-se escrava

dos pensamentos.


Sente-se a voz fugidia e quente

das noites abandonadas

a falarem com ventos quebrados

quando o relógio apressou-se demais.


Sente-se a vida galopando

e a imitar andorinhas

que escondem seus olhos

porque fingem que não sentem

a vida passando . . .


Alvina Nunes Tzovenos

Palavras ao Tempo

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