Primeiro é o olhar, manso, disfarçado…
A boca que desenha um sorriso… envergonhado.
E o joelho, meio escondido, meio mostrado…
Depois a mão que toca na mão, aveludada.
O jeito do ombro, a saia apertada.
O balançar dos quadris, e a perna cruzada…
O lábio mordido, o cabelo na face… corada.
A palavra meio dita, meio sussurrada.
E a sombra no olhar, mais iluminada.
O toque de veludo, tímido, contido.
O silêncio cortado.
A medo, descuidado.
E a nascer no peito o desconhecido.
E acende-se a chama
E bailam os sentidos.
E cai a lágrima que é partilhada.
E desejada…
Fecham-se os olhos.
Para tocar a vida.
E o corpo insinua a timidez perdida.
Vem o beijo…
Foge a razão.
Alinhavam-se a palavra, o sentimento, o toque.
Sussurra-se ao ouvido um gemido.
E o coração?
O coração, fraco, tão fraco.
Rende-se a esse jogo que se chama, sedução.
Magnólia
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