As palavras do poeta volteiam incessantemente em redor das portas do paraíso e batem implorando a imortalidade. Um grão de poesia basta para perfumar todo um século! O poema é o dedo do poeta apontando para o vôo do pássaro que está além das suas palavras.
quinta-feira, 12 de julho de 2012
Universalidade
Aqui declaro que não tem fronteiras,
Filho da sua pátria e do seu povo,
A mensagem que traz é um grito novo,
Um metro de medir coisa inteiras.
Redonda e quente como um abraço
de pólo a pólo, a sua humanidade,
Tendo raízes e localidade,
É um sonho aberto que fugiu do laço.
Vento da primavera que semeia
Nas montanhas, nos campos e na areia
A mesma lúdica semente,
Se parasse de medo no caminho,
Também parava a vela do moínho
Que mói depois o pão de toda agente.
Miguel Torga
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário